sábado, 18 de abril de 2009

Sabe quando...

... Você encontra uma pessoa na rua mas não se lembra o nome da mesma, ou pior, não sabes de onde a conheces? É, amigos! Essa é, com certeza, uma das maiores "saia justas" com a qual podemos nos deparar em nosso dia-a-dia.

Esses dias, quando eu estava bebendo com os amigos no bar, comemorando com os novos “bixos” da Faculdade de Direito da UFPel, me ocorreu uma situação idêntica a esta, não sei se porque estava levemente embriagado, ou porque realmente não conversava com aquela pessoa desde o início do ano passado, mas enfim, não vêm ao caso.

O grande problema não foi ter esquecido o nome dessa pessoa, isso é comum de acontecer até, o grande problema reside em dois fatos: 1 – eu já fiquei com essa pessoa; 2 – acabei por chamá-la por outro nome, que pra minha infelicidade, era o nome de uma guria com a qual ela não simpatizava nem um pouco.

Agora imaginem a seguinte situação, pessoal. Alguém se dirigindo ao Rodrigo Maia, presidente dos Democratas, e proferindo a seguinte sentença: “Grande Genuíno, quanto tempo?”. Faíscas saltariam dos olhos de Rodrigo Maia, assim como saltaram dos olhos da minha interlocutora na minha infeliz intervenção.

Mas esquecer é algo que faz parte da vida política de nós brasileiros. Um exemplo? As eleições. Realmente, quando chegamos ao terceiro ano de mandato já nota-se uma dificuldade enorme em lembrar os nomes dos candidatos para os quais votamos em 2006 para os cargos de deputados estaduais e federais. O que é pior, com certeza 95% daqueles que votaram, e elegeram seus candidatos, sequer sabem o que seus deputados andaram fazendo por aí (e me incluo nessa lista, sem ser hipócrita).

Essa situação dá margem a um grande perigo: A perpetuação de gente corrupta e ociosa nas nossas câmaras. Sim, porque se você não sabe o que o seu mandatário fez, como poderás julgá-lo no período pré-eleitoral a ponto de evitar que o mesmo continue em seu cargo?

Diante deste fato, prefiro mil vezes cometer gafes como a supracitada, do que esquecer o nome ou os feitos do meu mandatário. Prefiro tentar manter a minha consciência limpa para com a sociedade brasileira e gaúcha.

Portanto, pessoal, fica o alerta aí: 2010 é ano que vem!

3 comentários:

Fernando Martinelli disse...

É, trocar nome de mulher é perigoso, muitos casos por esse mundinho afora comprovam o perigo proveniente desse pequeno equívoco. eheh

Ademais, a gente costuma gostar de esquecer as cagadas que cometemos, talvez seja esse o vício do nosso povo. Fazer cagadas e depois, convenientemente, esquecer. Quer testar? Pergunta na rua quem votou na Yeda. eheh

É um fenõmeno, ninguém votou, mas se elegeu! Já dizia um amigo meu: "o povo poveia", muito sábia expressão, até hoje nunca falhou.

Arthur Rotta disse...

O voto em lista fechada ajudaria até nisso, Afinal ficaria mais fácil pro eleitor lembrar o voto em determinado partido, ao invés do candidato.

Mas seja lá a reforma que vier, dificilmente dará conta da apatia política, no máximo ameniza, e sejamos justos, já valeria a reforma.

A crença que todos os politicos são iguais, corruptos, faz muita gente votar em qualquer um. Por puro descrédito. Daí o esquecimento. Aí quem ganha são as legendas de aluguel.

Ironicamente, são justamente estas legendas que acabam ganhando com a apatia.

MAs as legendas de aluguel, são só uma parte do problema. Votar esperando ter atendido um interesse específico, privado, se tornou a tônica do eleitorado.

Daí que escutamos "Votei nele, pq ele foi bom pra mim, pro meu pai, pra minha mãe etc..."

Isso sabidamente é contrário ao espírito democrático, que deve zelar pelo interesse geral.

Este sim é o maior desafio da reforma política, isto é, incluir na agenda da classe média - acostumada com o próprio umbigo - a responsabilidade com a comunidade, com o interesse geral, no caso brasileiro, notadamente, que todos tenham o mínimo de condições de sobrevivência.

Saudações Dionisíacas

Leandro Deon disse...

Em matéria de sistema eleitoral, sou obrigado a admitir:

- "Arthur rules"

hehehehe.
mto bom comentário.