quinta-feira, 25 de junho de 2009

Nossas Expressões

À beira da lareira, nesses dias frios do Sul, com amigos ou recém conhecidos, um espaço de isegoria promovido por lutadores sociais, estudantis, sindicais, culturais, feministas, libertários e estudiosos da consciência humana e da formação política contemporânea.

O CUCA (Centro Universitário de Cultura e Arte), Grupo de Estudos Caixa de Pandora e DCE convidam a todos para, neste sábado (27/06) às 17h, participar da segunda edição do Projeto Nossas Expressões.

O projeto cultural visa criar um novo espaço de produção e troca cultural na UFPel e em Pelotas, um espaço para ouvir e ser ouvido com igualdade!. Traga uma intervenção artística, mística, política, sociológica...seja através de teatro, literatura, cinema, dança, música, depoimento, crítica...tudo está valendo!

As atividades são abertas a todos e acontecem sempre nos últimos sábado de cada mês, na sede do CUCA e DCE, Praça Cel. Pedro Osório, no. 62.

Acompanhe pelo blog http://nossasexpressoesufpel.blogspot.com

domingo, 21 de junho de 2009

2012 - O Fim do Mundo

Faz alguns dias já, eu tive um sonho muito estranho, pra não dizer louco. Uma série de catástrofes naturais aconteciam o motivo era desconhecido, etc. e tal, tal qual o péssimo filme que assisti ontem: "Fim dos Tempos".

Antes de ver o supracitado filme, tive, pois, este sonho, e alguns dias depois, fui informado por colegas que o mundo acabaria em 2012, justamente o ano em que me formo na faculdade.

Bom...
Já me disseram que o mundo acabaria na virada de 99 para 2000... não acabou.
Já me disseram que o mundo acabaria na virada de 2000 para 2001... não acabou.
Já me disseram que o mundo acabaria Lula fosse eleito presidente... não acabou.
Já me disseram que o mundo acabaria quando Bush se reelegesse... bom, quase acabou, mas não acabou.
Já me disseram que o mundo acabaria quando uma mulher, fosse governadora do Rio Grande do Sul... bom, aí sim, estivemos a beira de virar poeira cósmica, mas ainda não acabou.

O que será que nos reserva então 2012? Gostaria muito de saber, caso o mundo fosse acabar mesmo. Não ficaria mais perdendo tempo estudando as maçantes leis, tentando entender as mulheres, muito menos os direitosos e reacionários. Fugiria para o Chile, e esperaria o apocalipse no alto dos andes.

“Tem gente que vive chorando de barriga cheia...”

Certo dia, estava eu pela rua conversando com um amigo. Este muito indignado com as contas pra pagar, reclamando que tudo ta caro, que esse país é uma vergonha, que nossos políticos só sabem roubar, desviar, etc., etc., etc.
Daí então, ele falou algo que me deixou meio indignado (não irei citar nomes):
Ele: - Mas tchê, olha só que vergonha esse nosso presidente, nos cobra os olhos da cara de imposto pra ficar viajando aí bem belo pelo mundo.
Eu: - Cara, não é bem assim. Todo presidente têm que viajar. Esses compromissos aqui e acolá são justamente pra manter boas relações comerciais. Quando o presidente visita um país, ele não vai sozinho. Junto com ele vai toda uma comitiva para tratar de assuntos específicos, principalmente relacionados ao comércio.
Ele: - Ah! Para Leandro. Não vêm dar uma de advogado do diabo. Tudo sabe muito bem que isso é dinheiro público jogado no lixo.
Eu: - Bom, então ta. Mas me lembro muito bem que havia outro presidente que era lembrado por um programa humorístico justamente pelas suas incontáveis viagens ao redor do mundo.
Ele: - Ah, mas é diferente.
Eu: - Diferente como?
Ele: - Se o Lula criticava antes, não poderia estar fazendo o mesmo.
Eu: - Meu amigo, isso é política. Não viste a propaganda do PSDB na TV? Eles tentaram botar até a culpa das enchentes no nordeste no Lula. Como se ele tivesse o poder de parar a chuva. Assim como um outro blogueiro que criticou a postura do Lula não estar no Rio de Janeiro dando assistência às vitimas por ter preferido viajar pras Bahamas, sendo que quando o Lula viajou pra tal compromisso, o acidente nem havia acontecido, além do mais, o seu vice, presidente em exercício, já tava lá.
Aqui, sem argumentos, ele muda de assunto.
Ele: - Para, Leandro. Meu pai tem um super, tu não imaginas o quanto de ICM (imposto sobre circulação de mercadoria) ele tira, e me diz pra que? Pra ficar viajando, e sustentar essa cambada de corrupto.
Eu: - Cara, ICMS é gerido pelo governo estadual, se queres reclamar de algo federal, reclama do imposto de Renda então. ICM tu tem que reclamar da Yeda.
Aqui, ele muda de assunto mais uma vez.
Ele: - Ah, mas olha essa corrupção toda no senado, na câmara, essa cambada de corrupto, e o Lula defendendo Sarney, Genuíno. Isso é uma merda cara.
Eu: - Teu pai sonega imposto?
Ele: - Que isso cara, que pergunta é essa, vai te fuder! Meu pai é um cidadão de bem.
Eu: - Cara, duas coisas. Primeira. Se o “Lula” não apoiar essa gente, simplesmente ele não consegue aprovar mais nada na câmara e nem no senado, e o país para. E a oposição vai cair em cima por que o presidente é um incompetente. Segunda. Conheço muito bem como funciona a dinâmica do comércio. Sonega o possível e o impossível. E reza pra receita federal não te pegar. Moral por moral, nenhum dos dois tem. Mas ambos fazem visando um objetivo individual.
Ele: - Ah, Leandro. Cala a boca, o que tu sabe.
Eu: - Nada meu amigo, eu não sei nada.

Moral da história, na minha opinião:
Não adianta tentar explicar para um cara que vê todo dia jornal do almoço, lê todo mês a veja, que as coisas são iguais tanto pra direita como para a esquerda. As dificuldades são as mesmas, e os métodos são os mesmos. O que muda apenas são os objetivos. E eu prefiro os objetivos socias que a esquerda oferece. Quanto ao valor da conta de telefone que meu amigo reclamou, bom, quem privatizou foi o FHC. Vai explicar isso pra ele. E vai explicar também que por trás da imprensa existem colaboradores que querem apenas garantir o seu espaço dentro da "mamata". E quando entra um governo a favor do direito dos trabalhadores, que exatamente o que os empregadores entendem como violação aos seus direitos de lucro (por mais astronomicos que sejam), esses colaboradores nada mais fazem do que pagar pra derrubar "democraticamente" esse governo.
Enfim, sei que posso ter viajado bastante nesse post, afinal já faz dias que tive essa conversa, então perdi um pouco o fio da meada, porém, uma coisa é certa: tem muita gente por aí reclamando de barriga cheia. Pena que eles não gostam de ver vídeos como o abaixo indicado pelo colega Arthur.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Chicken a La Carte, Dimadura

Pessoal vejam Chicken a La Carte de Ferdinand Dimadura, clique aqui para ver.

Saudações Dionisíacas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O menor conto do mundo.

Descobri num dos comentários do blog do Milton Ribeiro. Era um texto sobre haikai bem legal, clique aqui para ir até lá. Como achei muito bom resolvi colocar aqui. O conto é pequeno, o título não.

‘EMOCIONANTE RELATO DO ENCONTRO DE TEODORO RAMIREZ, COMANDANTE DE UM NAVIO MISTO, DE CARGA, PASSAGEIROS E PESCA, DO CARIBE, NO MOMENTO EM QUE DESCOBRIU QUE A BELA TURISTA INGLESA ERA, NA VERDADE, UMA PERIGOSA TERRORISTA CUBANA, QUE TENTAVA PENETRAR NUM PORTO DO SUL DA FLÓRIDA, PARA DINAMITAR A ALFÂNDEGA LOCAL, E PROCUROU FORÇÁ-LA A FAVORES SEXUAIS’

— Capitão, tem que me estuprar em 1/2 minuto; às 8, seu navio explode”.

Millôr Fernandes


Saudações Dionisíacas

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A mesma diplomacia uma ova! (texto alinhado à esquerda!)

Os grandes intelectos brasileiros – ou o pensamento dominante, ao falar do histórico da política internacional brasileira, tem por hábito classificar como MESMO PERÍODO o iniciado por Fernando Henrique Cardoso e seguido pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Esta opinião de que o atual presidente teria seguido as linhas pensadas por seu antecessor é a difundida nos confins do Palácio Itamaraty, nos cursos de formação diplomática, principalmente.

Tenho estado apreensivo sobre o que mais anda saindo de lá! Explico. Torna-se bastante absurdo considerar que as medidas no âmbito externo tenham sido seqüenciais, uma vez que FHC SEMPRE deixou claro que aumentaria as suas relações diplomáticas com os EUA por entender que o Brasil precisasse de uma “muleta” para reerguer-se após tantas crises (petrolífera, econômica, inflacionária e etc) e à America do Sul, bastava o MERCOSUL. Lula, por sua vez, é até destaque por sua política internacional, que sai do tradicional e hegemônico NORTE-SUL e volta-se à relações SUL-SUL.

É simples. Enquanto FHC preocupou-se em pedir auxilio para os países desenvolvidos a fim de fortalecer o Brasil na América do Sul, Lula buscou, através da cooperação entre os Estados em desenvolvimento, parcerias para o fortalecimento coletivo, com crescimento paritário. Um exemplo disso são as diversas atitudes tomadas no seio da América do Sul para buscar a integração entre os Estados, como a UNASUL, IIRSA e as ações já previstas para o futuro.

Compreendo que foram políticas marcantes, mas nem um pouco semelhante. O Ministro foi praticamente o mesmo, mas sugiro que se atualizem dos acontecimentos. Para alertá-los, o Brasil já é considerado um país desenvolvido, com base no seu índice de desenvolvimento humano apresentado em 2009. O país nunca cresceu tanto na Era Lula. E ainda se tenta creditar o passado com os avanços do futuro?! Só deixo minha manifesta opinião: A mesma diplomacia uma ova!

terça-feira, 9 de junho de 2009

ENTERRANDO PERGUNTAS, por Marcos Rolim

ENTERRANDO PERGUNTAS Imprimir E-mail
05 de junho de 2009
Marcos Rolim
Jornalista

"É de François de La Rochefoucauld a afirmação de que “Nem o sol nem a morte podem ser olhados de frente (Le soleil ni la mort ne peuvent se regarder en face)".
Por isso, muito possivelmente, criamos cerimônias e ritos especialíssimos para a morte. O ato de permanecer perto do corpo daquele que já não é mais – que adentrou o terreno do nada que existia antes dele mesmo ter sido concebido – e, posteriormente, a cerimônia fúnebre, com a qual pranteamos a vida que se foi e nos apartamos do corpo que antes a abrigava, nos permite, sobretudo, construir simbolicamente o fechamento de um ciclo. As homenagens aos mortos em rituais públicos acompanham a civilização há dezenas de milhares de anos. Graças a estes rituais, aqueles que ficam e que verdadeiramente sofrem a morte – vez que o morto nada sofre e dela nada sabe - conseguem olhá-la ao menos lateralmente. As cerimônias fúnebres produzem, no mais, relatos a respeito da vida daquele que morreu e uma narrativa específica sobre as circunstâncias do passamento. Os que se reúnem, então, compartilham significados, se desesperam, se consolam e se amparam mutuamente. Na formalização das despedidas, projetamos o luto como um período que deverá também ter um fim. Afinal, por mais dilacerante que seja este percurso de pranto interno e cada vez mais solitário, a vida nos convocará a prosseguir de alguma maneira e assim o fazemos."

Para ler o restante acesse o sítio de Marcos Rolim: http://rolim.com.br/2006/index.php?option=com_content&task=view&id=710&Itemid=3

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A História das Coisas

Eis um vídeo excelente, em 20 minutos ele consegue sintetizar toda a lógica do sistema capitalista, de uma forma clara e divertida.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Mais uma grande frase.

"Na medida em que o homem reage pela violência isso não significa absolutamente a desagregação desse homem na violência, mas sim a recuperação desse homem na violência"

De Jean Paul Sartre, extraído do livro Direito e Utopia, P.25, de João Baptista Hernkenkopff. São Paulo, 1993. Editora Acadêmica, 2° edição.

Saudações Dionisíacas

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A Copa e os seus custos.

Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Eis as cidades sedes da copa do mundo de 2014 no Brasil.

O investimento será grande. Rios de dinheiro público serão investidos na infra-estrutura das cidades para estas fiquem em consonância com os modernos estádios que serão reformados ou construídos (em sua maioria, frutos de investimento privado).

Destacarei o projeto do Mineirão, que prevê um custo de dois BILHÕES de reais, valor esse dividido entre o poder publico e a iniciativa privada, confesso não saber em que parcelas.

O fato é que daqui por diante o que se verá é um festival de “lobby`s” de empresas em licitações e contratos. Com a definição das cidades sedes da copa, as obras não deverão demorar muito para começar, e aí é que vamos poder ver claramente o quanto será lucrativo ou não esse investimento que, só nos estádios, girará em torno de cinco bilhões de reais.

Muita água vai rolar... (e muito dinheiro será lavado nessa água).