terça-feira, 25 de agosto de 2009

Status de Arma Biológica

Pois é, eis aqui o primeiro post deste vagabundo que vos fala. Tinha que dar o ar da graça para merecer o título do “colaborador”, ostentado no canto deste blog. O assunto escolhido é o da moda (mas não é o Sarney): a tal da “gripe porkina” (créditos para o Diogão pelo nome alternativo).

Bom, como essa maldição já foi alvo de abordagem no blog, por meio do vídeo postado pelo Nasser, eu não vou ficar aqui explicando aquela ladainha toda, além do mais, não sou médico, não levo jeito pra coisa e nem vendo Tamiflu. Assim, prefiro abordar o comportamento das pessoas frente ao terrorismo que a mídia anda fazendo em cima dessa história. Nesse ponto posso dizer que detenho agora conhecimento de causa já que, neste momento, estou com a maldita!

É fantástico ver como nos dias atuais uma simples tossida desobstrui todos os caminhos, seja no supermercado, no banco, na locadora, não importa, é tiro e queda, o povo sai em debandada. Ainda mais intrigante é olhar no branco do olho do inimigo no momento da tossidinha eheh... é algo parecido com a expressão das vítimas da Samara no filme “O Chamado”.

Contudo, pensando seriamente, isso tudo é bizarro! Trata-se de uma gripe como qualquer outra, desagradável como toda gripe, mas igualmente tratável. No entanto as pessoas só faltam te exorcizar de medo de pegar a “mardita”. Ainda bem que isso não deve passar desse ano, já me basta ter de entrar janeiro em aula uma vez, repeteco eu dispenso. Aliás, nossos reitores merecem um prêmio, todos são amplamente informados e, mesmo assim, preferem acatar e se juntar ao rebanho, todos acossados com medo do “ratinho”.

Enquanto isso, eu ainda tenho mais alguns dias para ostentar minha posição de arma biológica, aterrorizando velhinhos, criancinhas, e todo o tipo de animal abestado que se vê por aí. O que tem de realmente triste nessa história e ter de me deparar, mais uma vez, com a imensa ignorância do pelotense, que sempre viveu sob um clima propenso a disseminação do Influenza mas nunca parou de viver por isso, no entanto, porque a Fátima Bernardes mandou, se trancou em casa e quase infarta quando ouve um espirro. Se bobear já tem neguinho assaltando assim:

“Passa a grana ou eu tusso!!”

sábado, 22 de agosto de 2009

Gilson caroni: Grande imprensa, subtexto do serrismo

Esse texto que segue abaixo, encontrei no sítio vermelho, e diz muito sobre os ataques que o PT tem recebido nos últimos dias.

Gilson caroni: Grande imprensa, subtexto do serrismo

Novamente, como costuma fazer em ano pré-eleitoral, a imprensa decreta que o Partido dos Trabalhadores está em crise, dividido irremediavelmente, com sua direção nacional politicamente aniquilada, envolvida em negociações “não republicanas", colidindo frontalmente com os valores morais aceitos pela opinião pública. Os editoriais não deixam dúvida: o quadro escuro ficou mais negro e a crise mais ameaçadora. A Cassandra midiática implora a Príamo que destrua o cavalo de madeira para salvar Tróia.

Por Gilson Caroni Filho*, em Carta Maior

Tal como em 2005, os jornalões repetem a ladainha: o partido está acabado, nele não resta mais nenhum espírito transformador, nenhum impulso vital, nenhum princípio a defender. Ao trocar a luta social pelo poder de Estado, fortaleceu um aparato de dominação que impediu o renascimento do político sob novas práticas. O poder, por si só, sem o pulsar dialético de fins e meios, levou ao pragmatismo fisiológico e ao bolchevismo patrimonialista. É a opinião de Serra transmutada em certeza editorial.

A expectativa nas redações, na quarta-feira, 19 de agosto, era de que os senadores petistas, cedendo à pressão do noticiário e de olho no eleitorado de classe média, votassem pela reabertura das representações contra o presidente da Casa, José Sarney. Mas as coisas não saíram conforme o script. Ideli Salvatti (SC), Delcídio Amaral (MS) e João Pedro (AM) votaram contra a admissibilidade das ações. Segundo O Globo, o PT foi decisivo para “enterrar as investigações."

Foi o que bastou para Cassandra declarar que o partido, “tendo rasgado a bandeira da ética, se transformou numa sublegenda do lulismo" Estava instalada uma nova "crise". O senador Flávio Arns (PR) abandonou a legenda e Aloísio Mercadante ameaçava renunciar ao cargo de líder. O novo fracasso da grande mídia corporativa não seria engolido a seco. Era fundamental mostrar as perdas do outro lado. Mesmo que elas não tivessem a dimensão desejada. A ação foi suficientemente pedagógica para ser ignorada.

Cabe à militância aproveitar o momento para fazer uma pequena reflexão. Talvez a palavra crise possa ser entendida, em referência ao petismo, com sentidos muito diversos. Pode ser compreendida de modo malévolo: o partido debilitado, apêndice de um projeto de poder que o desfigurou por completo. É a leitura da direita e de um tipo de esquerdismo sem qualquer compromisso com a governabilidade.

Mas a crise também pode ser assimilada com um sentido favorável: pode-se dizer que o PT se desenvolve em compasso com a dinâmica histórica, através de suas próprias contradições, e esta é a sua maneira de evoluir e amadurecer. Todo o problema se resume em caracterizá-la, saber o que dela dizer. Ou não foi assim que o partido travou os embates mais chegados à classe trabalhadora, obtendo avanços incontestáveis?

Lutando pela reforma agrária, pelo direito de greve, pelo salário-desemprego, por eleições diretas, o PT acumulou força e capital político. Aos que falam do abandono de antigas bandeiras cabe perguntar se alguém acredita que estamos diante dos mesmos desafios de 1980? Agimos politicamente ou reagimos por pura e simples denegação?

Qual a autoridade moral da imprensa para falar de uma crise entre teoria e prática em uma agremiação de esquerda? Que código ético lhe autoriza a cobrança? Onde foi que a divergência entre ambas não se estabeleceu no decurso do processo político? Onde estão as cláusulas dessa falsa fatura?

Qualquer ator do campo democrático-popular deve saber que a satisfação de permanecer fiel às mesmas posturas dos tempos de fundação é, além de ilusória, ridícula. Necessário é enfrentar as questões do Estado, deixando claro qual o significado concreto do que definimos como transformação da realidade social. Só assim avançamos e progredimos teoricamente.

Instituir uma luta contra o reacionarismo, no sentido de conhecer qual a força, o núcleo e o terreno de sua ação leva a um confronto inevitável com a grande imprensa. Esse é um ponto que se coloca como questão prática, isto é, como questão em torno do movimento, da luta e do futuro de uma esquerda viável.

O que se observa no Brasil há algum tempo, e mais caracterizadamente nos últimos anos, é que pouco a pouco a atuação do jornalismo partidarizado vai de encontro aos interesses de uma sociedade democrática. Um acompanhamento analítico da produção de notícias desvenda a engrenagem das redações. A unificação editorial não deixa dúvida: a mídia nacional é um subtexto do serrismo e seus métodos de mentira e truculência. Ao contrário da versão grega, as cassandras de redação não têm sensibilidade ou lucidez. Por elas, Tróia seria aniquilada sem problema.

PS: Após conversa com o presidente Lula, o senador Mercadante decidiu manter o cargo de líder. O site de O Globo não perdoou. Abaixo da chamada "Lula me deixa numa situação em que não posso dizer não", o editor formulou uma sugestiva pergunta :"Como fica a biografia de Mercadante agora?" Perda de tempo da família Marinho. Na esquerda, o que define a reputação de um homem público é sua combatividade. Enquetes nada significam.

* Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil


Fonte: Carta Maior

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Vox Populi contradiz Datafolha e mostra Dilma cada vez mais próxima de Serra
Pesquisa Vox Populi divulgada pela TV Bandeirantes na noite desta terça-feira (18), sobre a sucessão presidencial, mostra números bem diferentes dos apresentados pelo Datafolha no último fim de semana.
Segundo o Vox Populi, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), continua crescendo na preferência do eleitorado e se aproxima cada vez mais do tucano José Serra.
No cenário em que os dois disputam com Ciro Gomes (PSB) e Heloisa Helena (Psol), a diferença de Serra para Dilma é de apenas nove pontos (30% a 21%).
Já o Datafolha, no mesmo cenário, havia apontado uma distância de 21 pontos (37% a 16%).
Ciro, nessa simulação, teria 17% no Vox Populi e 15% no Datafolha, enquanto Heloisa Helena aparece com 12% nos dois levantamentos.
As diferenças continuam nos demais cenários. Veja abaixo as tabelas comparativas:
Cenário 1 Vox Populi Datafolha
Serra
30%
37%
Dilma
21%
16%
Ciro
17%
15%
H.Helena
12%
12%
Cenário 2 Vox Populi Datafolha
Serra
36%
44%
Dilma
24%
19%
H.Helena
16%
15%
Cenário 3 Vox Populi Datafolha
Dilma
25%
24%
Aécio
21%
20%
H.Helena
18%
24%
Cenário 4 Vox Populi Datafolha
Dilma
21%
19%
Ciro
20%
23%
Aécio
17%
16%
H.Helena
12%
17%
O Vox Populi ouviu 2 mil eleitores em 24 estados, entre os dias 31 de julho e 4 de agosto. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

fonte(www.pt.org.br)


saudações petistas e dionisíacas!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Direto do terror do nordeste

Camaradas,

Encontrei umas reportagens da Record contra a Globo, no blog "Terror do Nordeste". São umas reportagens de alcance nacional que não pensei que assistiria tão cedo.

Não que a Record seja flor que se chere. Mas as reportagens são muito boas . Ah elas são!
O link que leva às referidas reportagens no blog é este: http://wwwterrordonordeste.blogspot.com/2009/08/rede-record-ataca-rede-globo.html

A única coisa certa nisso tudo, é que nessa briga, quem ganha é o Brasil.

Saudações Dionisíacas

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aos vadios, a prisão

Tenho a impressão de que agora o Brasil vai para frente! A cidade de Assis, no interior de São Paulo, descobriu que solução (a qual, aliás, deve ser amplamente seguida e divulgada) para acabar com a criminalidade nas cidades é prender vadio. Quem é apto ao trabalho e está ocioso, tem mais é que ser preso. E não me venham com papinho de dignidade da pessoa humana, a lei está lá e deve ser cumprida.
O artigo 59 da Lei de Contravenções Penais (decreto-lei 3.688/41) que, vale destacar é da década de 40 mas segue atualíssima, define que “entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita, comete vadiagem.” e ponto. Quem é vadio tem que ir para a cadeia, afinal, só não trabalha quem não quer. Triste é que a pena é tão pouca, só de 15 dias a 3 meses, e vadio, como qualquer brasileiro, não desiste nunca. Só tem uma coisa: a cela deve ser exclusiva para os vadios, porque se não for assim, o desocupado vai acabar trocando experiências com seus inúmeros colegas de xadrez e quando sair vai estar graduado na escola do crime, porque você sabe, brasileiro não gosta de estudar (afinal, só não estuda quem não quer), mas na hora de aprender pilantragem é aluno com mérito.
Tirando a ironia, é mais ou menos assim que as autoridades de Assis, endossadas pelo excelente jornalismo da Globo e de outros veículos de imprensa, estão tratando da questão. O prefeito Ézio Spera e o vice João Rosa Silva Filho, ambos do DEM (que surpresa!), bem como o delegado Luiz Antonio Ramão defendem a medida como “política social” para redução da criminalidade no município. Em um mês, 51 pessoas foram autuadas e estão sendo monitoradas pela prefeitura. Quem foi fichado por vadiagem tem um mês para parar de vadiar ou poderá ser preso.
O comandante da Guarda Civil Municipal, José Sepúlveda, comenta que a orientação é de os guardas municipais “patrulharem o município da mesma maneira que vêm realizando. Por isso, não abordamos ninguém de forma aleatória só por estar sentado num banco de praça", esclarece ele. Isso se quem estiver sentado no banco da praça for um branco, bem vestido e com “ares” de não vadio, caso contrário as abordagens serão como as que aparecem na reportagem linkada abaixo (detalhe para o sorriso de satisfação do William Waack). Sepúlveda finaliza informando que a GM continua ajudando no combate à criminalidade e protegendo o patrimônio público, e manda um aviso: "é preciso deixar claro que a GM não sai às ruas atrás de desempregados ou de pessoas que apenas ficam sentadas em praças públicas. Combatemos o crime. Mas isso não significa dizer que iremos permitir a aglomeração de pessoas em via pública sem nenhum propósito e que perturbem o sossego público", lembra ele. Que alívio!
Não bastasse esse dispositivo continuar em vigor mesmo depois da revogação (através da lei 11.983, de 16 de julho de 2009, proposta pelo deputado federal Orlando Fantazzini), do artigo 60 da LCP que punia a mendicância, agora resolvem tirar do baú e aplicar um tipo penal que era previsto no Código Penal do Império, de 1930. A necessidade de revogação desse artigo segue a mesma lógica da alegada na revogação da infração que punia a mendicância: são duas previsões que deixam clara a pretensão de punir aqueles que a sociedade já condena com a fome, o frio e a exclusão social.
Apesar de ter sido pronunciada em 1979, a sentença do juiz Moacir Danilo Rodrigues da 5a Vara Criminal de Porto Alegre é tão recente como qualquer outra, e traz um pouco de luz a essa repugnante “moda” que foi lançada pelas autoridades da cidade de Assis. O juiz afirma ainda que "na escala de valores utilizada para valorar as pessoas, quem toma um trago de cana, num bolicho da Volunta, às 22 horas e não tem documento, nem um cartão de crédito, é vadio. Quem se encharca de uísque escocês numa boate da Zona Sul e ao sair, na madrugada, dirige (?) um belo carro, com a carteira recheada de "cheques especiais", é um burguês. Este, se é pego ao cometer uma infração de trânsito, constatada a embriaguez, paga a fiança e se livra solto. Aquele, se não tem emprego é preso por vadiagem. Não tem fiança (e mesmo que houvesse, não teria dinheiro para pagá-la) e fica preso."
Conforme o juiz, a vadiagem é "uma norma legal draconiana, injusta e parcial" destinada "apenas ao pobre, ao miserável, ao farrapo humano, curtido vencido pela vida. O pau-de-arara do Nordeste, o bóia-fria do Sul. O filho do pobre que pobre é, sujeito está à penalização. O filho do rico, que rico é, não precisa trabalhar, porque tem renda paterna para lhe assegurar os meios de subsistência. Depois se diz que a lei é igual para todos! Máxima sonora na boca de um orador, frase mística para apaixonados e sonhadores acadêmicos de Direito. Realidade dura e crua para quem enfrenta, diariamente, filas e mais filas na busca de um emprego. Constatação cruel para quem, diplomado, incursiona pelos caminhos da justiça e sente que os pratos da balança não têm o mesmo peso."

Aline N. K. Tortelli
Agosto. 09




http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1253618-5605,00-ASSIS+ENDURECE+ACOES+CONTRA+CRIMES+E+APLICA+LEI+QUE+PUNE+VADIAGEM.html

Um Ateu conhece Deus.

Minha irmã Carla me indicou o video. Esta no youtube, achei legal e resolvi postar aqui:

E agora?