sábado, 30 de outubro de 2010

O meu lugar na história



Este texto escrevi a pouco no Blog dos netos do seu Alcindo como acho que convém, resolvi colocar aqui também.

Saudações Dionisíacas


O meu lugar na história

Não pretendia comentar sobre política nesse blog. Os dionisíacos é mais apropriado. Mas como escreverei sobre parte das minhas lembranças resolvi postar aqui. Bom, as lembranças que me refiro se tratam das aulas de história que tive no colégio.


Sempre que estudava a história do Brasil ficava imaginando qual era a posição dos meus antepassados: Quem eles apoiavam? De que lado estavam? Eis a ponte para vincular a política e a história ao seu Alcindo. Este tipo de questionamento era maior naqueles acontecimentos chaves da História, como a revolução de 1930, o golpe de 1964, o impeachment de Collor - desse fato especificamente, tenho viva em minha lembrança  (sem que eu entendesse exatamente a importância do acontecimento) minha mãe, torcendo pela queda, assistindo a transmissão da votação numa velha TV de 21 polegadas, com um fundo de madeira, que por muitos anos foi a única que existia lá em casa.


Pois bem. Como dito acima, sempre que encontrava os grandes fatos históricos nos livros me perguntava "de que lado estaria minha família?" Por acaso em alguns fatos decisivos eu soube.


Seu Alcindo como bom filho da terra, não fugiu a luta. Atendeu o pedido de Brizola e procurou organizar o grupo dos 11. Claro, não deu certo. Por outro lado, se esse fato me orgulha outro me deixa menos orgulhoso, foi o fato de que ele em 1989 tenha votado no Collor. Isso, mesmo com o apelo do Brizola para se votar no Lula no segundo turno. Mas tudo bem, é provável que o PT àquela época não estivesse maduro o suficiente para o poder.


Bom, toda essa minha conversa é para justificar o que tenho a dizer agora. Amanhã existe a possibilidade real do Brasil eleger a primeira mulher a presidência, mais que isso, uma mulher de esquerda, representante da continuidade de um governo que tirou 26 milhões de pessoas da miséria, colocando outros 32 milhões na classe média. Isso é um feito e tanto.


Amanhã, portanto, tenho certeza que quando minha filha estudar a história dos dias de hoje, e sobretudo os meus netos, se um dia se perguntarem de "que lado estava a sua família", certamente eles terão orgulho de saber que o seu pai ou seu avô, fez parte da história ajudando eleger a primeira presidenta, mais que isso, ajudando a deixar o Brasil menos injusto, apoiando o lado certo. É isso.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

domingo, 24 de outubro de 2010

VotoSerrapq#2



Saudações Dionisíacas

Manifesto de apoio de psicólogos a Dilma


Manifesto dos psicólogos em apoio a Dilma

Reproduzo manifesto enviado pela amiga Roseli Goffman:

Ao longo dos últimos oito anos, assistimos e participamos de muitas transformações na sociedade brasileira. Um impressionante crescimento da atenção do Aparelho de Estado às necessidades da população brasileira, permitiu um fortalecimento das políticas públicas que ocorreu de forma clara, tanto na construção do Sistema Unificado de Assistência Social (SUAS), quanto no combate à fome, assim como nas mais diferentes formas de apoio ao desenvolvimento cultural do povo brasileiro. Em suma, a máquina estatal passou a ser reconhecedora e produtora de direitos da cidadania.

Os psicólogos foram chamados e se apresentaram.

No processo de construção do SUAS foram contratados mais de oito mil psicólogos. O fortalecimento do SUS conta com cerca de vinte mil psicólogos. Psicólogos, hoje, participam dos processos relacionados a habitação de interesse social, ao fortalecimento do turismo, iniciativas de redução da privação de liberdade de adolescentes, no trabalho com idosos, na defesa civil, em vários espaços e âmbitos do sistema de saúde, na justiça, nas iniciativas voltadas à implantação da Reforma Psiquiátrica (cujo futuro está ameaçado pelo concorrente de Dilma).

Os resultados dessas políticas já são perceptíveis para muito além do sucesso econômico tão propalado na mídia. Houve queda acentuada (e maior do que era esperado) na incidência de desnutrição da infância brasileira. Os livreiros estão comemorando a multiplicação da média de leitura de livros por parte dos brasileiros. Serviços antes restritos aos cidadãos mais abastados são estendidos a enorme número de brasileiros.

Nesse contexto, é praticamente impossível imaginar que as mulheres sujeitas a aborto sejam deixadas fora da atenção das políticas públicas. É praticamente impossível imaginar que o tema da orientação sexual seja utilizado como forma de redução do acesso de cidadãos aos direitos garantidos a todos os brasileiro.

O estado brasileiro vive momentos sem precedentes de abertura à participação da sociedade em suas decisões.

Diante do exposto, os psicólogos abaixo assinados querem ver Dilma presidente da República. O projeto político colocado em curso pelo Presidente Lula precisa continuar a ser implantado. Queremos que o Brasil continue a mudar, conquistando condições mais dignas de vida e superando a histórica dominação/humilhação a que o povo brasileiro esteve submetido.

Novas adesões: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7285

Fonte: Blog do Miro

domingo, 17 de outubro de 2010

Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira

Amigos, aí vai o manifesto, como dito no título desta postagem:

Da pré-escola ao pós-doutoramento - ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional - consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.
Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo
do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.
Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em

que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do REUNI, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo-se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.
Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores,
dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.
Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa
gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que
se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.

Alan Barbiero - Universidade Federal do Tocantins (UFT)
José Weber Freire Macedo – Univ. Fed. do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Aloisio Teixeira - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Josivan Barbosa Menezes - Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
Amaro Henrique Pessoa Lins - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Malvina Tânia Tuttman – Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Ana Dayse Rezende Dórea - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Antonio César Gonçalves Borges - Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Maria Lúcia Cavalli Neder - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Carlos Alexandre Netto - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Miguel Badenes P. Filho – Centro Fed. de Ed. Tec. (CEFET RJ)
Carlos Eduardo Cantarelli – Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)
Miriam da Costa Oliveira – Univ. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)
Célia Maria da Silva Oliveira – Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Natalino Salgado Filho - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Damião Duque de Farias - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Paulo Gabriel S. Nacif – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Felipe Martins Müller - Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).
Pedro Angelo A. Abreu – Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)
Hélgio Trindade – Univ. Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Ricardo Motta Miranda – Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Hélio Waldman – Universidade Federal do ABC (UFABC)
Roberto de Souza Salles - Universidade Federal Fluminense (UFF)
Henrique Duque Chaves Filho – Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Romulo Soares Polari - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Jesualdo Pereira Farias - Universidade Federal do Ceará - UFC
Sueo Numazawa - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
João Carlos Brahm Cousin - Universidade Federal do Rio Grande – (FURG)
Targino de Araújo Filho – Univ. Federal de São Carlos (UFSCar)
José Carlos Tavares Carvalho - Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Thompson F. Mariz - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
José Geraldo de Sousa Júnior - Universidade Federal de Brasília (UNB)
Valmar C. de Andrade - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
José Seixas Lourenço – Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Virmondes Rodrigues Júnior – Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Walter Manna Albertoni - Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP)

Saudações Dioníacas e até a vitória!

sábado, 16 de outubro de 2010

Segundo Turno

O segundo turno caminha para a reta final. Mas já tem um vencedor: o partido evangélico. Essa baixaria sobre o aborto fez a candidatura do campo popular ceder no programa quanto a alteração da legislação sobre o aborto.  É uma pena, mas democracia implica negociação, embora neste ponto acho que não se deva transigir ao obscurantismo. Mas a conveniência eleitoral sempre fala mais alto. Tudo bem, como disse Marilena Chauí, o que está em jogo é a condução econômica. Mas sejamos francos, não haveria tanta mudança assim com o retorno dos tucanos, pelo menos do ponto de vista macroeconômico.

Porém, é bom que se diga que os próprios tucanos cederam em seu programa, Serra garante no Horário eleitoral que não vai privatizar nada. Claro, pode se argumentar - com razão - que ele disse que não sairia da prefeitura para concorrer a governador. Mais que dizer, registrou em cartório tal promessa, como é sabido e amplamente divulgado pela imprensa. No caso das privatizações nem isso ele faz.  Claro, no caso da concessão no programa neoliberal dos demotucanos não é necessariamente obra dos evangélicos, mas da sociedade brasileira em geral.

De qualquer modo, liberais, comunistas, socialistas, sociais democratas, enfim defensores do estado laico devem pensar em um pacto para evitarmos que a religião conduza a política brasileira a um arcaísmo que se enxerga hoje nos EUA. É  uma questão de estratégia para afirmar um estado plural. É  o que acho.

Saudações Dionisíacas

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Qual projeto? por Manuela D`Ávila

Pessoal, este texto está no blog da deputada Manuela. Vale a pena ler. Ainda mais com este cenário sombrio que começa a se projetar com o crescimento do Serra nas intenções de votos.

Não esmoreçamos!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Qual projeto?

No futebol, muitas vezes nosso time joga pelo empate. Na política não existe esse resultado. Aqui no Rio Grande encerramos o campeonato local, o Gauchão: elegemos Tarso governador, com um projeto de desenvolvimento local que uniu forças políticas e a sociedade. Garantimos a reeleição de nosso Senador Paulo Paim, metalúrgico comprometido com os direitos dos trabalhadores aposentados e ativos. O meu partido teve um ótimo resultado. Nossos aliados também. Posso afirmar que vencemos o campeonato. O gauchão é importante. Mas, colorados e gremistas sabem que existem campeonatos ainda mais relevantes. É precisamente esse o caso das eleições presidenciais. Mais do que um campeonato Brasileiro, estamos em uma batalha que tem significado para a América e para o mundo.
Mais de dez dias já passaram no segundo turno. O time adversário, joga da mesma forma das equipes de futebol que apelam para o vale tudo. Chuta canelas, comete sistemáticas faltas. Baixa o nível do debate. O que Serra quer para a educação? Qual papel do nosso sistema educacional no projeto de desenvolvimento nacional? Qual desenvolvimento Serra defende? Aquele submisso as grandes potências em decadência? Aquele que não distribui renda, não diminui a miséria, não aumenta o número de empregos? Quais relações que o Brasil manterá com seus vizinhos? A grande potência aliada aos EUA? Como garantirá saúde para os brasileiros? Com mutirões eventuais? Como será a exploração do petróleo? Privatizada? O time adversário não responde. Ataca, chutando as canelas. Traz para o Brasil valores que não são marcas de nossa sociedade, que convive de maneira fantástica com a diversidade religiosa. Porque escondem o verdadeiro jogo? Porque não tem? Não. Porque não é o jogo que o povo brasileiro quer. Nosso povo viu o Brasil mudar. Viu que nosso destino não era ser uma “semi-nação” como queria Fernando Henrique. Que podemos ser grandes e nos relacionar de maneira independente com todos os países do mundo. Viu que é possível ver um filho de trabalhador na universidade pública ou no PROUNI, viu que é possível ter a carteira assinada, ter luz em casa, ter casa!
Eles escondem o jogo. Nós temos a obrigação de jogar bonito. Não podemos cair na provocação. Não chutaremos canelas daqueles que nos chutam. Porque temos o que mostrar. Nosso jogo é o jogo do projeto. Nós mostramos que a universidade pública não precisava ser privatizada. Aliás, dobramos as vagas nas universidades e hoje, elas estão produzindo conhecimento para libertar tecnologicamente o Brasil. Nós democratizamos o conhecimento, quando permitimos que mais de meio milhão de jovens ingressassem no Ensino Superior com o PROUNI e criamos Escolas técnicas em todo o país. Nós geramos 14 milhões de empregos num momento em que o mundo vivia sua maior crise econômica! Nós defendemos que o Estado tenha papel no desenvolvimento do País e criamos o PAC, garantindo infra-estrutura. Nós criamos o Minha casa, minha vida, o Luz para todos. Mas sabemos que mais luz e casa, esses programas garantem dignidade para as famílias. Nós não vendemos a Petrobras. Também não mudamos o nome de nossa maior estatal para “PETROBRAX”. Mas mais do que isso, nossa empresa pública foi decisiva para descobrirmos o Pré-sal. E nós queremos que esse recurso seja público, para transformarmos nossa educação de maneira estruturante, para garantir mais desenvolvimento, mais distribuição de renda.
Esse é o nosso jogo. O jogo de quem carrega sonhos, projetos. O sonho de quem sabe jogando bonito também se vence campeonato.
Agora, faltam quinze dias para as eleições. A bola está com cada brasileiro comprometido com o Brasil desenvolvido, solidário, soberano. Conversem, mostrem o que fizemos. Essa vitória é mais importante do que qualquer campeonato. Ela é decisiva para nosso país seguir mudando.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CIro detona Serra

Povo,

 A onda verde fez acender o sinal vermelho.Portanto, não custa lembrar com essa entrevista do Ciro porque os tucanos não podem voltar:



Saudações Dionísiacas