sábado, 26 de junho de 2010

Regime diurno e noturno, Dunga e Maradona, por Juremir Machado da Silva

Regime diurno e noturno, Dunga e Maradona

Gilbert Durand é o maior pensador do imaginário.
Ele escreveu a obra fundamental sobre esse assunto: As estruturas antropológicas do imaginário.
Segundo ele, existe um regime diurno e um regime noturno do imaginário.
O imaginário diurno é o da ordem, da disciplina e da espada.
Um imaginário apolíneo.
O imaginário noturno é dionisíaco.
Imaginário da boemia, da festa, da desordem, da poesia.
O dia, segundo outro sábio, Edgar Morin, é a prosa da vida.
A noite é a poesia.
Dunga é o regime diurno do imaginário.
Maradona é o regime noturno.
A vitória exige um equilíbrio entre esses dois regimes.
Pode-se vencer só com a prosa diurna.
Dificilmente se vence só com a poesia noturna.
O triunfo mais belo é aquela que mescla a espada, a taça (de vinho), o trabalho, a prosa, a poesia e o sonho.
O regime diurno organiza.
O noturno, fantasia.
O drible é noturno.
A marcação é diurna.
Os volantes são diurnos.
Os criadores são noturnos.
O grande treinador é aquela que une os dois regime do imaginário.
Dunga ou Maradona?
Melhor seria um Maradunga.
Ou Dungadona.


Postado por Juremir Machado da Silva - 25/06/2010 10:25

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