terça-feira, 31 de agosto de 2010

Plebiscito pela limitação da propriedade da terra no Brasil


Entre os dias 01 e 07 de setembro é possível votar no Plebiscito pela limitação da propriedade da terra no Brasil, proposto pelo Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, com a participação de importantes sindicatos e entidades como CUT, ANDES, FETRAF, Via Campesina, MST, CONTAG, DESER, IBASE, MPA, CNBB, entre outras.
A proposta é incluir um novo inciso na Constituição Federal que determine que as propriedades rurais fiquem dentro do limite de 35 módulos fiscais, o que corresponderia entre 175 e 1850 hectares, sendo que cada hectare é relativo a aproximadamente um campo de futebol.
O artigo 4 da lei 8629/93 apresenta parâmetros para a classificação de propriedades rurais no Brasil, dividindo-as em minifúndio, com até 1 módulo fiscal, pequena propriedade, com 1 a 4 módulos fiscais, média propriedade, com 4 a 15 módulos e grande propriedade, com mais de 15 módulos fiscais.
Tais parâmetros apenas reafirmam que determinar a limitação da propriedade rural em 35 módulos fiscais é, no mínimo, razoável. Além disso, apresenta as históricas justificativas pela reforma agrária no país, desmistificando a idéia de que as terras seriam arrancadas de quem nelas honestamente produzem e seriam entregues à “bandos de comunistas ferozes de enxadas e foices na mão”.
A questão da distribuição da terra no Brasil é grave e urgente, sendo além de tudo medida de justiça no campo. Em uma época que tanto se discute sobre sustentabilidade e crise alimentar, vale destacar que a agricultura familiar, a qual ocupa propriedades de até 4 módulos fiscais, é atualmente responsável por mais de 70% da produção alimentar do país e é quem mais respeita o meio ambiente na sua lida diária.
Não restam dúvidas de que a limitação e posterior distribuição de terras é forte medida para diminuir desigualdades, viabilizar a manutenção de uma população rural, fortalecimento da agricultura familiar, plantio de alimentos em substituição à grandes lavouras de monocultura e sustentabilidade na produção agrícola.
Pense nisso e vote!

Assista o vídeo da campanha aqui http://www.limitedaterra.org.br/videos.php?id=6


“Vivo pobre sofrido sem ter terra, vendo os filhos chorando sem comer, vive o povo em tempo de morrer, vendo a hora formar-se uma guerra, a reforma se fala mas emperra, que não vai para frente é só para trás, pois não é só pensando que se faz, um povo ser forte e varonil, ou o Brasil põe fim ao latifúndio, ou o latifúndio acaba com o Brasil

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Da imparcialidade ativa a sinuca de bico

Tarso cresceu nas últimas pesquisas feitas por todos institutos. Já sabemos. Sabemos também que não acompanhou o crescimento de Dilma. Não tenho competência pra discutir as razões disso. Mas me pareceu que passa despercebido o fato de Yeda crescer. Fogaça portanto caiu, pouco, mas caiu. Diante disso faço as seguintes considerações.

Embora por enquanto, o crescimento de Yeda não chegue ameaçar o peemedebista é preciso considerar que ela tem mais tempo que este no horário eleitoral de televisão. Também é fato de que embora Dilma já apareça na frente de Serra no RS, este será muito bem votado. Graças a um anti-petismo irracional que cravou raízes no RS.

Considerando isso, Serra carreará votos a Yeda, basta essa se vincular (e vai) se credenciar como oposto ao PT. Então isso me leva a crer, que Fogaça deve cair mais e sua ida ao segundo turno ainda é uma incógnita. Como Serra deverá ficar perto dos 40% dos votos no RS, se ele transmitir boa parte de seus votos a Yeda ela chega tranquilamente ao segundo turno. Porém, isso dependerá da capacidade de Serra transferir votos para Yeda, mesmo que ele não queira. Pois se é certo, que ele angaria votos a governadora, esta  pelo contrário, tira votos do "Zé Serra".  Considerando que interessa mais ao tucano paulista se eleger presidente que reeleger sua correligionária ele deve se aproximar do candidato compositor. Esta aproximação garante a Fogaça adesões de muitos anti-petistas que vendo a reeleição de sua candidata naufragar passariam a votar nele.

Todavia, há a imparcialidade ativa, que impede o apoio automático a Serra. Além disso, o PMDB gaúcho está dividido. Isso o afasta do debate nacional e consigo afasta do seu palanque pro bem e pro mal Dilma e Serra. No início da campanha - quando a Dilma ainda estava longe de Serra - isso parecia ser uma aposta acertada, pois conciliaria o PDT com os "tucanos" do PMDB gaúcho, só que agora começa se tornar um problema com crescimento da candidata petista. Pois ficar ausente do debate PT x PSDB dará um tom autista e sem graça a sua candidatura. O que lhe tira votos e torna mais difícil sua ida ao segundo turno. (Pois ao não optar por Serra perde votos da direita guasca como visto)

Mas considerando que ele ainda assim consiga ir ao segundo turno, o que é bem provável, Fogaça pode encontrar dois cenários. Ir ao segundo turno com Dilma já eleita ou não.

No primeiro caso a imparcialidade ativa perderia razão de ser sustentada, afinal pouco importaria com Dilma já eleita o apoio do candidato compositor.

No segundo caso, com o segundo turno entre Dilma e Serra, se ele quiser o apoio de Yeda - mesmo que não queira  ela deve apoiá-lo - deverá subir no palanque de Serra. Mas este apoio lhe indisporia com o PDT,  o que causaria um constrangimento enorme. Soma-se isso a uma "descortesia" com a direção nacional do PMDB por não apoiar Temer no Sul, provavelmente além de ser abandonado pelo PDT veria uma parte do próprio PMDB lhe deixar.

Sem dúvida, um segundo turno para Fogaça complicaria a sua vida por essas razões. Como então contribuir para Dilma vencer no primeiro turno sem abandonar a imparcialidade ativa? Afinal se ele apoiar Dilma, ele perde numerosos votos dos anti-petistas gaúchos e sua ida para o segundo turno se tornaria ainda mais complicada, já que estes votos migrariam automaticamente para Yeda, por outro lado, com o apoio a Dilma, fica mais fácil ela vencer no primeiro turno, então ele não precisaria muito para captar os votos dos anti-petistas no segunto turno, caso ele chegue lá.

Eis porque a imparcialidade ativa se tornou uma verdadeira sinuca de bicos para Fogaça.

Saudações Dionisícas 






terça-feira, 17 de agosto de 2010

Camisas da Dilma

A ideia do blog abundacanalha é ótima. O blogueiro Jurandir Paulo contribuiu com uma arte ótima e mais a ideia para as camisas, acessem o blog dele. Vamos lá dar o troco a Época. A propósito segue um vídeo interessante sobre o caso:



Saudações Dionisíacas

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Irmãos americanos, The Economist

Segue ótimo artigo publicado no site do The Economist comparando Brasil e EUA. O artigo aponta muitas semelhanças como se vê, mas com uma ressalva: o Brasil é o irmão Dionisíaco.  Ainda recomendo que acessem os comentários ao texto na pagina do referido sítio. é isso.

Saudações Dionisíacas


American brothers
Aug 13th 2010, 11:31 by The Economist online | SÃO PAULO
OTHER Latin Americans think of Brazilians a bit like the rest of the world thinks of Americans: loud, flashy and rich. This is as it should be, because a strong argument can be made that Brazil is actually is the United States—just disguised beneath a Carmen-Miranda-style fruit hat.
Sounds a stretch? Think of two continent-sized countries built on gold rushes and cowboys, on sugar and slaves. Think of the United States being the first country to recognise Brazilian independence. Above all, think of the two countries’ topographies. Both consist basically of big cities on the coast where most of the people live; a vast, spectacularly beautiful and largely empty wonder of the natural world in the deep interior (the Rockies for America and the Amazon for Brazil); and, in between, endless savannahs where all the food grows. In either place, it’s soyabeans as far as the eye can see. Looking down from an airplane as it traverses the flyover states, you would be hard pressed to know whether you were crossing South Dakota or Goias, Mato Grosso or the corn belt.
Perhaps Australia and Canada might say the same. So consider the people. Both the US and Brazil have similar collections of ethnic and racial groups. Each has big minorities of indigenous peoples, of blacks (because both had slavery until the second half of the 19th-century), and of immigrants from Italy, Germany and Asia (Chinese predominate in the US; Japanese in Brazil). São Paulo makes many of those hard-to-verify claims about itself: it is the largest Japanese city outside Japan, the largest Portuguese city outside Portugal, the largest Spanish city outside Spain and the largest Lebanese city outside Lebanon. In the same vein, New York is the world’s second-largest Jewish city, its second-largest Italian city, and so on. Parts of Santa Catarina, in southern Brazil, still look and sound German, rather as parts of Cleveland used to. Even the largest ethnic groups are of comparable scale. In Brazil, people of Portuguese descent make up just over half the population. In the US, whites are just under two-thirds, and heading downwards.
Then think about the cities. Obviously São Paulo is New York—the commercial, industrial and financial capital; a city that never sleeps; a 24-hour traffic jam; a gaudy megacity that works; “an oceanic sprawl” (to quote Norman Gall of the city’s Fernand Braudel Institute). Equally obviously, Brasília and Washington, DC are sisters under the skin; all boulevards which are too wide, public buildings which are too big, public spaces without grace and public life without liveliness. It’s true that many invented capitals plonked in the middle of nowhere—which was true of Washington when the site was chosen—could say the same.
But less obviously think of a coastal city of blazing sunshine and hedonism; of beaches and beach culture; a city that helped define the 1960s and then began to sink backwards into its problems; a city, therefore, also of drug gangs and brutal police. Rio de Janeiro or Los Angeles? Well, both: cities of God and the Angels.
And, last, think of New Orleans on the Gulf coast and Salvador de Bahia, in Brazil’s north-east. Both are the centres of black culture in their two countries. Both are the native places for some of the world’s best music—jazz in New Orleans; tropicalismo, afoxé and caribé in Salvador. Both have huge, celebrated carnivals, notoriously corrupt local politics and famous local cuisines based on ground-up shellfish (gumbo and crayfish in the Big Easy, vatapá and shrimp in Bahia). Separated at birth, it seems.
Obviously, the list of dissimilarities would be as long as your arm, or as Brazil’s coastline. But if this English blogger can be allowed one further indulgence, a big difference lies in the inheritance from the colonial power. Britain bequeathed to the United States a language; a legal system; a political elite (WASPs); a middle-class liking for commerce; a tradition of political liberalism (in the British sense); and a certain puritanical impulse. Portugal bequeathed Brazil the language and Catholicism. And that is about it. Brazil itself developed the rest. And it did so with something that most of the United States lacks: a Dionysian spirit, a happy sense that all the squalor and conflict will end—or at least be suspended—in a samba.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Umas tirinhas para descontrair...

E aí, galera? Tudo bem?

Resolvi reaparecer, e vim contribuir com duas charges que considero geniais feitas pelo Carlos Ruas, do blog Um Sábado Qualquer. Vale a pena conferir.

379 – Como (não) chegar a paz

380 – Como (não) chegar a paz 2


Falou, pessoal!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Grande Raulzito

Para embalar a militância petista. Dilma vai bem nas pesquisas, está na frente até no RS. Mas ainda falta muito. Como diz a música "ainda é muito para você se acostumar..."



Saudações Dionisíacas

sábado, 7 de agosto de 2010

Igreja Ateísta no Domingo de Manhã

Para que este domingo de dia dos pais seja sem igrejas, mas entre pai e filh@s.



Saudações Dionisíacas